segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Lucky.


Você me olhava meio desconfiada, sem saber direito se era realmente aquilo que você queria. Cheguei a me conformar que você não me escolheria visto que tinha tantos mais bonitos ou mais interessantes que eu. Por fim me carregou para fora ainda em tom de dúvida. Demorei um pouco, mas logo você estava rindo das minhas gracinhas. Me levou pra casa já sem nenhuma dúvida. Chegando lá estabeleceu meus limites e as regras da casa. Se eu quisesse ficar era sob aquelas condições. concordei meio tímido no canto do sofá e te observei ir na cozinha e abrir uma garrafa de vinho. "Você não bebe, né?", você disse em tom de deboche me trazendo água. Você brincava com a taça enquanto me encarava, já pensando de novo se estava fazendo a coisa certa. Sua casa parecia de alguém muito solitário. Alguns cinzeiros em cima de catálogos de moda. Me distraí com uma pilha de roupas no chão enquanto você falava sobre quem era você e porque eu estava ali, de todas as vezes que tinha sofrido e de como tinha perdido a fé nos homens. Você era linda, sua voz me acalmava. Na terceira taça, você já bem alterada me levou pra sua cama. Tirou a blusinha e a calça jeans e me deitou entre seus seios. Nunca tinha sentido uma pele tão aveludada. E ali, ouvindo seu coração, eu me aconcheguei e dormi. Foi quando eu tive minha primeira certeza na vida: podia não ser o mais bonito nem o mais interessante, mas com certeza eu era o filhote mais sortudo da petshop.  

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