Ele tinha tido sua chance e deixou passar. Não por descuido, não por negligência, mas por realmente não estar interessado. É diferente de quando você é impedido de conseguir algo, na verdade ele teve nas mãos e cuidadosamente colocou de lado como se coloca um livro que você nunca teve a intenção de ler.
Mas como toda criança mimada e egoísta, ao ver que o brinquedo que não queria era cobiçado pelas outras crianças, ele quis de volta. Brigou, deu chilique, fez chantagem emocional até lembrar a todos que independente de onde está, aquele brinquedo era dele. Mais uma criança aprendia a dura lição de que o mundo é cruel, principalmente se você for cruel com o mundo. Mais uma criança aprende que o mundo não se importa com você. E longe de ser vítima, ele era o principal culpado. Ele mesmo não tinha se importado muito até então.
O problema é que a ferida no ego é como um corte na ponta do dedo, que insiste em te lembrar que está lá mesmo quando você se esforça pra esquecer. Se nesse caso o ego era o próprio eu por completo, ele foi atingido em seu ponto mais fraco, seu todo. Atingido não pela destreza e habilidade do inimigo, mas por ter escolhido virar as costas.
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