Entre os espelhos que formam esse quarto
Só vejo indefinições e formas sem moldura
Como um futuro que não tem muro pra pular
Portas sobrepostas onde cada abre mais sete
Como gilete, corta a cada escolha errada
E tropeço em escada em espiral dando náusea
Natural, caindo ao chão, vendo o mundo em movimento
E soprando, como vento em furacão de folhas
Quando olha pra cima, mais uma vez, caleidoscopia
Em folha, vidro, suor sangue e lágrima.
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