Observo o passarinho
E ele também me observa
De longe desconfio
De suas asas abertas
O galho no bico
O ninho de pedras
O canto sombrio
Prevê suas metas
Pobre passarinho
Que não sabe meus planos
Do meu sangue frio
Do meu lado humano
O que me faz sentir vivo
E minha mira certa
Rio bobo do pássaro assustado
Pobre passarinho
Com seu peito estufado
Me dá um rasante em que caio deitado
Pobre menino
Mexeu com o pássaro errado
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Aproveita e comenta aí!